segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Será que somos humildes?

Ao me questionar sobre isso, resolvi pensar sobre o que é Humildade.

Humildade no Wikipédia
Humildade vem do latim humus que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é considerada pela maioria das pessoas como a virtude que dá o sentimento exato do nosso bom senso ao nos avaliarmos em relação às outras pessoas. Características como cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade, embora sejam frequentemente associadas à humildade, são independentes. Portanto, quem as possui não precisa necessariamente ser humilde.
Muito confundida com Modéstia, pode ser exatamente o contrário, o modesto tem falta de ambição, a humildade pode estar no ato de reconhecer que em determinado momento estamos sendo ambiciosos ao invés de gananciosos.
Diz-se que a humildade é uma virtude de quem é humilde; quem se vangloria mostra simplesmente que humildade lhe falta. É nessa posição que talvez se situe a humilde confissão de Albert Einstein quando reconhece que “por detrás da matéria há algo de inexplicável”.
Por humilde também se pode entender a personalidade que assume seus deveres, obrigações, erros, culpas e limitações sem resistência. Assim, se pode dizer que a pessoa ou indivíduo "assume humildemente".

Humildade no Kardecismo

Só a humildade brilha sem desgastar-se e eleva sem por em perigo. Muitos falam, escrevem e traçam definições sobre a humildade de que se dizem possuidores ou que propõem para vivê-la os outros.
Sê tu aquele que passa incompreendido, porém entendendo o próximo e as circunstâncias, sem tempo para justificativas ou colocações defensivas.Segue a programação a que te vinculas com o bem, não descurando o burilamento íntimo, o sacrifício pessoal. Se outros pensam em contrário à tua atividade — cala e prossegue. Cada qual responde a si mesmo pelo que é e pelo que faz. A humildade difere da humilhação. Uma é luz, outra é treva; a primeira eleva, a segunda rebaixa.
http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=387

Humildade no Evangelho segundo o Espiritismo
A humildade é uma virtude bem esquecida, entre vós. Os grandes exemplos que vos foram dados são tão poucos seguidos. E, no entanto, sem humildade, podeis ser caridosos para o vosso próximo? Oh!, não, porque esse sentimento nivela os homens, mostra-lhes que são irmãos, que devem ajudar-se mutuamente, e os encaminha ao bem. Sem a humildade, enfeitai-vos de virtudes que não possuis, como se vestísseis um hábito para ocultar as deformidades do corpo. Lembrai-vos daquele que nos salva; lembrai-vos da sua humildade, que o fez tão grande e o elevou acima de todos os profetas.
O orgulho é o terrível adversário da humildade. Se o Cristo prometeu o Reino dos Céus aos mais pobres, foi porque os grandes da Terra imaginavam que os títulos e as riquezas eram a recompensa de seus méritos, e que a sua essência era mais pura que a do pobre.
 
 
Humildade no Consolador
A humildade, um dos valores essenciais da Alma, estimula-nos a examinar as fraquezas enquanto o orgulho, ou sentimento de amor-próprio exagerado, o grande estorvo da elevação espiritual do homem e a razão de suas desventuras, evita observá-las. “Pobreza de espírito”, ou “humildade de espírito”, ou “humildade de coração”, quer dizer: modéstia, simplicidade, pureza, daí, Jesus ter priorizado esse dispositivo.

O Evangelho segundo Mateus corrobora nossa afirmativa: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus”... (Mateus, 5:3.) Não foi à toa que o Mestre falou assim logo de início no sermão do monte
Portanto, gente, humildade, força moral por excelência, nivela todos os homens como irmãos e os estimula à prática mútua do bem; orgulho, ao contrário, uma fraqueza: dispersa, odeia, revida e faz o homem sucumbir ante a menor das contrariedades, sentindo-se permanentemente infeliz. Ser humilde é ser corajoso durante os reveses da vida, é perseverar no combate às próprias más tendências, é, portanto, vencer os obstáculos naturais, mas sem revolta, sem violência, perdoando a quem nos ofenda, trabalhando, servindo abnegada e incessantemente isso é ser humilde conforme Jesus.

Pensei sobre isso.
Mas e a Humilhação? O que é Humilhar o outro?
 
Humilhação  -Wikipédia, a enciclopédia livre.
Humilhação é literalmente o ato de ser tornado humilde, ou diminuído de posição ou prestígio. Todavia, o termo tem muito mais em comum com a emoção da vergonha. A humilhação não é geralmente uma experiência agradável, visto que diminui o ego.
 
Humilhação - Martha Medeiros
Mas e quando a humilhação não é fruto da hierarquia, mas de algo muito maior e mais massacrante: o desconhecimento sobre nós mesmos? Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os resultados são vexatórios.   Nesses casos, não houve maldade, ninguém pretendeu nos desdenhar. Estivemos apenas enfrentando o desconhecido: nós mesmos, nossas fraquezas, nossas emoções mais escondidas, aquelas que julgávamos superadas, para sempre adormecidas, mas que de vez em quando acordam para, impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar. Martha Medeiros
 
 
O sentimento de humilhação que visa essencialmente a rebaixar e mesmo aviltar o outro física e moralmente pode provocar, de forma aberta ou camuflada, efeitos de enclausuramento em si mesmo, de alienação e recalque profundos, ameaçando a integridade física e psíquica de um indivíduo ou grupo social. A humilhação ou as humilhações são, muito vezes, o resultado de um acúmulo de elementos e fenômenos aparentemente insignificantes e cotidianos, de sua repetição ao longo do tempo, ou, ao contrário, decorrem de uma experiência singular de tipo traumático? Ou os dois fatores combinam-se e entrecruzam-se?
A questão da humilhação supõe diferentes métodos e diferentes enfoques analíticos. Quaisquer que sejam eles, o vínculo com o religioso parece impor-se: a forma de atingir a Deus implica freqüentemente a humildade. A compreensão da humilhação tornou-se, portanto, hoje uma questão política tão decisiva quanto as reivindicações identitárias dos anos 80 ou a problemática do assédio no final dos anos 90. Este colóquio busca responder à necessidade e urgência deste debate.
 
Após ler e tentar entender melhor tais fenômenos, observei que ambos acontecem na parte psiquica, quando alguém é inferiorizado ou tem uma atitude nobre, isso ocorre relacionado ao momento e as experiências vividas.
Ninguém pode exigir do outro ou obrigar o outro o sentir, cada um sente como quer, como sabe, de acordo com o que viveu ou vive.
 
Alguns podem ser sentir rebaixados ou revidar, porque é a única coisa que tem naquele momento, sob pena de morrer em vida.
 
Outros são nobres e naquelas situações são humildes.
Mas só podemos julgar o outro quando nos colocamos no lugar do outro.
 
Por isso, ser humilde ou se sentir humilhado é uma questão de posicionamento e de momento.
 
Aprendendo o caminho de dentro para fora.
 
Elaine Ribeiro

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Estrada da Vida . O fim não tem recomeço.


Começo meu texto de hoje, relembrando alguns parágrafos do fim parece o começo, mas o que está com  corte com (...) não estará na linha de pensamento que vou desenvolver hoje:

"É apenas no fim que voltamos ao começo, aquele começo que foi bom para poder sustentar tanto tempo.  (...) quando o FIM chega, paramos, respiramos e vemos, se as lágrimas que caem são de culpa, de remorso, de alívio, de descanso, de alegria, de amor, de ódio ou até de desamor, daquele amor que não foi bem vivido. Aquele amor que deveria ser cuidado com carinho e foi chutado.
Aquele contato que deveria ser mais bem aproveitado.Por que no fim, quando tudo acaba, é só o que fazia sentido. Só levamos no peito o suspiro daquele amor que não soubemos viver ou levamos aquela saudade gostosa de quem amamos muito. Dessa forma, concluo que tudo tem um prazo de validade . (...)Por isso, temos que curtir as pessoas, os amigos, os amores, os filhos, as mães, os pais, o trabalho, o dia lindo, o dia chuvoso, ou seja, curta enquanto ainda há tempo."Respeitar o fim, rever o começo, entender porquê se errou, mas o fim não tem recomeço." ( Novembro de 2011 ).

Esse blog surgiu de uma necessidade psicológica de expor várias perdas, tal como a morte do meu pai e a morte dentro do meu peito do meu relacionamento pelo meu ex-companheiro.
A primeira fruto da obra divina, a segunda fruto do início de um homicídio afetivo.
Quando de ama alguém e se vive um relacionamento, é muito difícil sair e tomar coragem para recomeçar.
Tentamos e tentamos, buscamos rever, reviver, sorrir, brigar, agredir, amar, chorar, conversar, se entender, ou seja, tentamos com as armas que temos e com o que temos naquele momento.

Mas, como citei em outro texto, contamos o espólio após tal morte, pois o que fica de um relacionamento de muitos anos? Amor? Ódio? Mágoa? Frustação? Vaidade? Orgulho? Tristeza? Decepção? Ingratidão? Loucura? Depressão?

Passam vários meses, separações, questionamos sobre todos sentimentos e pensamentos. Com o tempo, afastamento, fica um adeus mais ameno, um sentimento de pena e até ternura. Um perdão começou no ar. Afinal, foram anos  e anos. Afinal, um amor tão grande no peito demora a morrer, permanece latente, quente, ainda que escondido.

Contudo, jaez, nada na vida é por acaso. O tempo passa, investimos em nós, começamos a ter sonhos, criando uma nova forma de vida, novos sonhos.

Conhecemos  novas pessoas, aprendemos novas formas de vida, mas a base é a mesma, somos aquelas pessoas que a vida formou em anos.

Comparamos os homens ou mulheres que passam na nossa vida, comparamos e em algum momento, até por carência ou por comodismo, ou até preguiça de tentar, voltamos para o fim, para aquele EX, aquele que já sabemos os defeitos e as virtudes.

Mas, a paciência acaba para várias coisas, não estamos mais buscando os mesmos embates, a vida é muito rápida, os bens de consumo efêmeros e as pessoas estão muito vaidosas, querendo tirar onda, viver desatinos, sensações, amores fungíveis, noites em baladas  loucas, com muita droga e rock in roll.

Ficamos na ilusão que será mais fácil, que as barreiras já são conhecidas e que a batalha que se travar, será de sucesso, nos iludimos acreditando que o destino quis assim, entramos novamente no novelo, no ciclo que não nos levará a nada.

É o eterno nada com porra nenhuma, tal como cita a gíria popular. Neste nada, apenas podemos nos ferir, mas alguns casais até conseguem passar por cima, e ainda reatar.

Mas o fim não tem recomeço.

Alguns apenas revivem o fim. Alguns apenas tocam nas feridas. Alguns apenas choram em silêncio e tentam se enganar.

Dessa forma, quem tenta o retorno, poderá retornar e retornar novamente. É uma rua sem GPS. É um retorno sem encontrar a saída da auto-estrada.

Quando nos deparamos com o outro, olhamos nos olhos e vemos que ele já entrou derrotado, cansado, perdido, sem saber o que quer, é melhor pegar novamente o retorno e tentar se perder em outra estrada,  afinal, quem sabe novamente perdido, pedindo informação, lá na frente da Rodovia, apareça alguém.

Apareça alguém meio sisudo, meio sorrindo, mas que com toda a segurança, lhe diga:

- Eu vou te mostrar o caminho, eu conheço. Já me perdi também. Já peguei tal retorno, mas se você olhar para trás, há uma outra estrada nova, você vai aprender a chegar no seu destino. Demora mais um pouco, mas com paciência, boa vontade e muita fé nessa hora, tenho certeza que você chegará.
Boa sorte.

Foi retirado de um momento comum de alguém que dirigia e se perdeu.

A vida é assim, sem mapas, sem GPS, mas todos tem um destino, é só seguir e se perder, vai chegar uma hora, que chegaremos lá.

Aprendendo o caminho na estrada da vida.

Elaine Ribeiro

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

BOM DE CAMA OU BOM DE PAPO

Algumas amigas minhas sempre vem com o mesmo contexto sobre os homens, bons de cama ou apenas de papo.

Confesso que isso me preocupa pois a questão do bom de cama, foi me levantada por um tal de HOMEM DA VILA ISABEL, que me contava sobre a ex-mulher no qual foi casado por 15 anos.

Tal mulher, a tal de VISA ISABEL, era muito boa de cama quando casaram, apaixonada, quase 10 anos mais nova, mas já tinha um filho do primeiro casamento.
Eles tinham momentos inesquecíveis, sem rotina, que perdurou por vários anos.

Bem...casaram e viveram com uma cama quentíssima até uns três anos antes da separação.

Contou, inclusive, que, mesmo quando ela deu à luz ao filho comum dos dois, ele não perdera a atração por ela, continuando apaixonada até a presente data.

Mas ela, enquanto isso, perdeu à vontade, esfriou, começando a fugir para seu deserto interno, cada vez mais distante e fria.

Ele não entendia como isso acontecia, ele trabalhava, sustentava ela e os filhos, ela em casa como uma dona de casa, enquanto ele nem roupas para si comprava.

Contou, com dor de cotovelo, que ela tinha tudo e ao se separar, entrou em uma situação arriscada, pois sem renda, sem profissão e com filho pequeno, tudo perderia.

Mas será que ser bom de cama é algo que segura um casamento?

Acho que não, ficamos pelo menos em torno de 22h por dia, dormindo, trabalhando, comendo, resolvendo problemas, e nos relacionamentos à dois, com mais de 1 ano ou 2 anos, é comum ofertar pelo menos 1 ou 2 horas no máximo por dia para a conjunção carnal.

O que segura um bom relacionamento é em verdade, a pessoa  ser boa de papo.

É a forma que entretém as conversas, é como leva os debates, é como trata a pessoa na vida pública ou na intimidade, ou seja, é como se conversa e como se compreende o outro.

Assim, a arte de dialogar e compreender ainda é a melhor saída para os bons relacionamentos.

Abraços e sucesso.
Elaine Ribeiro

PERFIL DE HOMEMM

ALGUÉM BOM PARA A FAMÍLIA, BOM FILHO, BOM AMIGO E LEAL.
ESTUDIOSO, QUE SEMPRE QUEIRA APRENDER.
CALMO, GENTIL, AMOROSO E FIEL.
CAVALHEIRO, TRABALHADOR, QUE GOSTE DE ESTAR ACOMPANHADO, GOSTE DA SUA COMPANHEIRA OU NAMORADA DE FORMA VERDADEIRA.
ALGUÉM QUE GOSTE DE VIAJAR.
ALGUÉM RELATIVAMENTE MAGRO OU NÃO TÃO OBESO, QUE SE ALIMENTE BEM, VIVA DE FORMA SAUDÁVEL.
ALGUÉM QUE NÃO GUARDE ÓDIO OU RANCOR.
ALGUÉM QUE SEJA UMA PESSOA DE FÉ EM DEUS E PODE ATÉ TER UMA RELIGIÃO.
UMA FIGURA POSITIVA PARA CONVIVER COM CRIANÇAS.
ALGUÉM QUE NÃO SEJA VICIADO EM DROGAS LÍCITAS OU ILÍCITAS.

O QUE VEM DE RESTO É SALADA, SÓ ACOMPANHA, ESSA É A SUBSTÂNCIA.

ALGUÉM TEM O TELEFONE DELE?

Risos.

Com bom humor, ELAINE RIBEIRO.

A INVEJA E OS OLHOS

Ver alguém olhando para o outro com desdém ou desprezo, sempre me assusta, pois os olhos não mentem.

É possível achar a ironia ou o sarcasmo em um olhar.

É fato olhar e identificar uma mentira.

É claro que alguns não sustentam o peso da verdade e assim, baixam o olhar.

Mas sempre a inveja me deixa mais preocupada, é aquele vampirismo silencioso, sem briga, sem saída.

A inveja seca devagar, à distância e de forma silenciosa.

O outro vai se tornando a ameixa seca. Perde o brilho pelo sulgar alheio.

O invejoso também não se sustenta, já que se alimenta do mais vil alimento, da vida alheia.

Dessa forma, ele não cria nada, não melhora, não tem brilho próprio, não aparece, não enaltece, não permanence em cena.

Afinal, é o invejado que rouba a cena.

Elaine Ribeiro

HOMEM ELEGANTE

Há homens que nos deixam saudades.
Usam ternos bem cortados, estão sempre com um sorriso no rosto, alegres, inteligentes, calmos e que não tem o hábito de alterar o tom de voz.

Tais tipos são elegantes, ótimos para manter uma conversa à dois e também conseguem se impor em grupos de debates.
Homens que tem cultura, tem classe, mesmo vindos de uma origem mais humilde, mas que o sucesso profissional desabroxou toda sua elegância de berço, que nenhum dinheiro ou posição social poderia ensinar.

Tal HOMEM ELEGANTE traz uma luz própria, sua história de sucesso e uma trajetória com alguns desamores.
Desamores que podem ter ficado pelo caminho, desencontros de quando ainda tinha ninho, desencantos de passado e de amores que desceram ralo à abaixo.

Enfim, alguns são até HBB, e até ganham elogios no salão da intimidade, pois possuem seu próprio charme e encanto.

São especiais.

Presto minha homenagem.

Elaine Ribeiro

HOMEM BLOCO

O bloco no carnaval é algo que merece análise e uma reflexão.
Em minhas pesquisas acadêmicas, no carnaval, observei o HOMEM BLOCO do Rio de Janeiro, seria uma espécie em franco crescimento, surgindo em série, tal como uma virose.

O HOMEM BLOCO seria um rapaz entre 18 anos e em média com 40 anos, pois se passar disso, fica fora do padrão, pode ser gordinho, mas em sua maioria são homens fortes, sarados, malhados, cabelos bem cortados, tatuados, sem camisa, pulando, bebendo muito e num calor escaldante do Rio de Janeiro, em pleno Fevereiro, bebendo a tal da VODKA com RED BULL, ou até energético em Garrafa Pet.

Objetivo nº1 : Beijar.

Objetivo nº 2: Apenas beijar.

Um pequeno grupo dos qualificados nesta categoria, ainda querem conversas amenas, alguns trocam números de telefone, outros ficam apenas olhando e mexendo com todas, e outros apenas bebem e bebem.

Outro grupo, dança com a parceira, outro quer logo dar um beijo de novela, outro quer dar um beijinho molhado no caminho.

O HOMEM BLOCO vai para o carnaval em pleno sol radiante, nas praias ou em ruelas, pula como se fosse o último carnaval, puxa todas como se fossem únicas.

Alguns espécimes, se utilizam de feitiches, se vestem de colegial safada, branca de neve, fada, empregada doméstica e até tem alguns mais ousados, que saem de fralda e chupeta.

Nesta categoria vemos os que mexem com as mulheres e com seus desatinos.

Outro HOMEM BLOCO apenas olha as mulheres sedento, babando e nem chega perto, participa tal como um voyer da cena, sem participar da ação e da reação.

Outro HOMEM BLOCO sai a cata de uma paixão de carnaval, tenta o jantar, busca uma noite de conquista, um encontro em outro dia, liga e marca algo após o bloco, tenta mostrar seriedade e que é diferente.

Outro pede só um beijo.

Outro nem pede, pega na marra.

Outro se humilha, para que você dê uma esmola.

Outro quer você para se sentir o cara, outro nem te olha.

Outro olha para você, para todas, paquera todo mundo e está ali para o que der e vier, pois se bater no jogador é penalti.

Assim, de bloco em bloco, novos tipos vão surgindo.

A categoria cresce, a originalidade é gritante.

Mas não se esqueça, o carnaval dura algumas semanas no Rio de Janeiro, curta, pule, e depois lembre-se, ainda podemos nos esbarrar, em outro momento, em outro lugar, em outra hora.

Elaine Ribeiro

Retorno, reencontro ou o finalmente o fim?

Cada dia mais e mais, está ficando comum ouvir das pessoas, voltei para meu ex, estou saindo com o ex, meu P.A é meu ex, ou seja, apesar de conhecermos pessoas novas todos os dias, os lances serem mais comuns e rápidos, as pessoas continuam demorando a permanecer por mais de algumas semanas, quando não permanecem apenas uma ou duas saídas.

É comum nos sentirmos meio nostalgicos e diante de tanto lixo humano, tristeza, depressão, mortes em série nos noticiários, começarmos a nos preocuparmos com o que ficou para trás e com o porvir.

Buscamos religiões, livros, gurus, macumbeiros, cartomantes, padres, pastores, amigos e até no banco do analista, resolvemos tentar entender os porquês.

Retornamos ao fim várias vezes, revemos os erros centenas de momentos, refazemos as cenas tal como em um filme, então o grande problema começa: o medo.

Começamos a ter medo da pessoa antiga, da pessoa presente e da pessoa que iremos conhecer.

Começamos a ter medo de morrer e o medo nos paralisa a vida.

Começamos a ter medo pela vida dos nossos filhos e prendemos os mesmos em casa, pois é comum vermos que o Filho de alguém morreu, Fulano se drogou, Ciclano estava na rua no desastre, Beltrano não devia estar naquele horário na balada.
Mas será que é assim na prática, será que é comum termos as mesmas atitudes que os pais mais diligentes, será que a vida não nos deixa entregamos nossos filhos à própria sorte?

Cada vez mais e mais, está mais fácil entregar o outro à própria sorte, partir, separar, não casar, não se vincular, não ter obrigações, não se relacionar sério, não se amar apenas uma pessoa.

Discordo da maioria, pois sou uma minoria que conhece pessoas boas e boas pessoas todos os dias.

Homens maravilhosos, mulheres inacreditáveis, ainda acredito que se relacionar não é loteria, pois nas tentativas, na idade apropriada e com um pouco de senso ou amor, é possível encontrar alguém para dividir uma história ou as contas.

Por isso, a questão do reencontro é tão questionada, o retorno também.

Será que o reencontro é uma saída? Será que é a melhor saída?


Quando reeencontramos alguém que tivemos um relacionamento e passamos a tentar novamente, o que seria o tentarmos? O que seria o certo? O que seria a atitude correta?

Será que a nossa atitude não é fruto da nossa evolução?
Será que só sabíamos fazer aquilo, naquela época, por que só tínhamos isso?

Será que era cômodo agirmos daquela maneira sem nos revermos, pois rever e agir diferente dá muito trabalho?

E nesse reencontro, é na verdade um reencontro com nosso ego.

É o reencontro das vaidades, dos medos, dos orgulhos, das insatistações, do egoísmo, dos ciúmes, dos nossos piores receios.

É o momento que questionamos o que queremos, o que somos e o que o outro representa para nós.

Mas será que realmente queremos o outro?
Será que realmente aceitamos o outro com seus devaneios, qualidades e defeitos?

Será que amamos realmente aquilo alí?

Será que é possível após um período de tempo voltar uma convivência que teve altos momentos e baixos instantes?

São perguntas que devemos nos questionar, pois o reencontro, o retorno, pode realmente ser um fim.

Mas o fim não é tão ruim, é um ressurgimento de um novo começo.

É a morte, é a mudança, é a renovação, é a vida.

Vida que sempre no fim nos mostra sua força, vida que nos faz renascer das cinzas ou apenas saber que foi bom enquanto durou e se não foi bom, também durou.

Elaine Ribeiro

Será esse o caminho certo?

De tempos em tempos nos questionamos sobre a beleza do caminho, sobre as dores, os desamores, as desilusões e os bons momentos, que pasmem, nunca são eternos.
Os relacionamentos vem e vão, pessoas nascem e pessoas morrem em nossas famílias, sentimos que estamos em plena alegria e satisfação, ou estamos arrasados, prestes a cair de joelho no chão.
Assim, nos questionamos se será esse o caminho certo?
Será a onda?
Será a pessoa certa?
Será o trabalho que tenho que fazer até o meu mundo se acabar?

É tudo apenas isso?

Por vezes, estamos tão realizados que a vida perde o sentido, será que isso é certo?
Por achamos o nosso destino e sempre estamos querendo algo mais?

Nessa eterna satisfação vazia ou no eterno vazio de sentir, procuramos ícones, esportes, amigos, vícios, arrumamos problemas de onde não existem, apenas para dar uma razão de ser ou nos sentirmos um pouco vítimas de nós mesmos.

É complicado ser, ter, ver, sentir, amar, responder e viver.

Mas será que esse é o caminho certo?

Fica a eterna dúvida.

Escreva sua história, viva os dias, sonhe nas noites, ore para Deus e o resto só o tempo tem a resposta.

Elaine Ribeiro