terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Depois...

Hoje uma amiga me passou a letra da música DEPOIS da Marisa Monte.
Parei para refletir o que era o "Depois".
O "Depois" traduz o depois que acabou um relacionamento entre duas pessoas que se amaram, que sonharam, que viveram por um tempo bem,ainda que fosse pouco. Mas o tempo e a vida passou tal relação para DEPOIS. O "Depois" que se foi feliz, ficou a tristeza, a irritabilidade, a incapacidade de se conviver. O abandono de uma relação que foi morrendo à dois. É quando duas pessoas não foram capazes de resolver antes seus problemas. É quando duas pessoas não conseguiram ir além e o tempo de amor passou.
A música relembra que foi bom. Mas o bom passou. Ficou somente um adeus. Mas, frise-se que a troca de retratos é importante, para que possamos recomeçar e não viver a tristeza todos os dias. É importante trocarmos o nosso retrato e mudar a história para que possamos mais uma vez tentar a tal felicidade. Se é que ela existe?!!!!???
É tempo de DEPOIS. Por isso, necessitamos abrir nossos corações, parar de sermos as vítimas de nossa própria história. Parar de aceitar a dor, parar de se culpar, parar de se ferir. Não necessitamos escrever lápides entre um casal, mas sim uma história de amor.
Viver à dois deve ser de forma respeitável,amável, sustentável, ou seja, é viver com razoabilidade, tranquilidade, ainda que por vezes com comodidade.
Penso que não é preciso ser poeta para marcar o verso e a prosa de um casal.
Um casal deve buscar o relacionamento em primeiro lugar, pois se priorizarmos nosso amor, o resto é comprável, é barato e tem um preço.
Mas ninguém poderá pagar pelo preço de ter amado, ninguém poderá esquecer o que se amou, ninguém poderá colocar em uma caixa aquilo que se viveu de bom e ninguém poderá traduzir a alegria de estar com a pessoa amada.
O coração pula. Isso eu tenho certeza.
Elaine Ribeiro

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pai é Natal - Uma Homenagem

Mais uma noite de Natal será celebrada. Parece que foi ontem que ganhei a minha primeira bicicleta. Lembro que todos os dias, por um longo período, eu rezava às 18 horas na hora da oração da Ave Maria, na AM, para que Deus e o Papai Noel, me trouxessem a minha primeira Caloi.
O momento tão sonhado chegou. Meu PAI adentrou pelo portão da nossa casa, uma casa humilde, pobre, pequena, mas que pulava uma pequena criança com o coração transbordando de felicidades e os olhos brilhantes.
Eu me lembro daquele instante, do meu coração explodindo no peito, parada, parecia um sonho, mas era um sonho que se realizava. MEU PAPAI NOEL, MEU PAI, um homem simples, trabalhador, sem muita escolaridade, trazia em seus braços a caixa da minha BICICLETA e logo após, a bicicleta de minha irmã. Não era uma CALOI, era uma Bandeirantes, a realização de meu sonho infantil. Mas não importava a marca. Eu montei nela e no ano seguinte brinquei, pulei, dirigi, vive dias intensos.
Mas, o Natal voltou, como volta todos os anos. Meu PAPAI NOEL, ficou desempregado. Para que não passássemos fome e pagássemos o aluguel, meu pai vendeu as bicicletas e assim, tivemos a ceia e o Natal passou.
Meu PAI, meu PAPAI NOEL. Era um homem de valor, nunca nos deixou sem vestuário, sem alimentação, nos guiou na vida acadêmica, nos deu conselhos, foi nosso AMIGÃO. E nós nunca exigimos nada dele. Nunca pedimos ao nosso NOEL um presente caro, algo que ele não pudesse dar. Nunca exigimos o consumo capitalista. Nunca entramos neste carrossel que os pais são obrigados pela sociedade a dar tudo que os filhos querem, mas por vezes nem necessitam.
Eu sei o quanto custou para meu NOEL me dar aquela bicicleta, num tempo que não existia o Cartão de Crédito, nem o empréstimo a perder de vista. Sei o quanto ele batalhou para que tivéssemos a vestimenta e os livros para frequentarmos a escola, em um tempo em que não se dava nenhum recurso para se estudar na escola pública.
Sei que meu NOEL trabalhava para que nos alimentássemos e não por orgulho pessoal ou por vaidade. Era apenas para nos ver sorrir. Ele não se preocupava com os carros do ano, as roupas da moda ou com a badalação dos lugares famosos.
Agradeço ao exemplo. Agradeço e passo para você neste Natal. Curtam seus PAIS, MÃES, FILHOS, FILHAS, PARENTES, AMIGOS.
Curtam os bons exemplos. Respeitem os mais velhos e os bons velhinhos. O meu NOEL está neste NATAL perto de Deus, mas com certeza sabe que em meu coração, ainda sou a pequenina com os olhos brilhantes e o coração transbordando de felicidades.
FELIZ NATAL.

Ausência de conversas nos relacionamentos e a dor interna...

Entender o coração do outro é sempre um grande caminho a ser percorrido.
Assim, é extremamente difícil entender o amor que o outro reservou para nós. É extremamente difícil estar em um relacionamento que não se pode trocar as dúvidas, as dores e as tristezas internas.
Isso também ocorre no trabalho, quando por exemplo não temos a liberdade de falar com o chefe e dizer o que incomoda, pois o líder não consegue liderar.
A Liderança nos Relacionamentos é uma dádiva, um copo de água no deserto.
O que ocorre com a ausência de conversas, de trocas, de papos à dois, é a ausência de amizade e de cumplicidade entre duas pessoas.
Quanto mais nos abrimos, quanto mais traduzimos nossos sentimentos, mais perto estamos do outro e podemos até chegar a conclusão de um único caminho a ser tomado pelos dois.
Mas quando não se consegue conversar, há o nascimento da dor. A dor não cala, é a dor na cabeça, no peito, no joelho, na coluna, na mente e a dor no coração. São nossas lágrimas internas, ficamos como uma panela de pressão que poderá explodir em um instante.
É uma pena.
Os seres humanos precisam conversar para se entenderem, pode ser pela linguagem escrita, pela linguagem falada ou mímica. Por isso que falamos com os animais domésticos, precisamos falar para nos situarmos no nosso espaço.
Quando amamos isso ocorre também. Não ficamos apenas parados observando o outro, para amar profundamente é preciso o contato pela conversa.
Não é apenas o contato físico que nos faz gostar do outro. A intimidade é uma continuidade de algo que iniciou durante o dia.
O ser humano ama um conjunto de atributos no outro que advém da convivência, tal como os olhos, as mãos, o sorriso, o jogar de cabelos, o modo de andar, a forma que o outro nos trata, a realização de viagens maravilhosas, o cuidado no momento em que o outro está doente ou quando morreu um parente, a forma como trata nossa família, ou seja, a forma de como se permanece ao lado do outro, de como se dedicou ao relacionamento.
Se o dia foi bom, a noite será maravilhosa. Mas tem que ter a cumplicidade à dois.
Nessa cumplicidade nasce o respeito.
Quando conhecemos os limites do outro, passamos a respeitar seus sonhos, seu modo de viver e sua forma de interagir na vida em sociedade.
Não podemos mais passar pela nossa vida e deixar as dores internas em ebulição.
Tenho certeza que podemos mais que isso.
Se você não consegue sozinho resolver seus problemas, ame-se, ame outro. Vá fazer uma terapia. Coloque isso para fora, fale com alguém que não te conhece e não conhece o seu relacionamento com o outro.
Não desista de tentar rever o hoje. Poderia ter sido lindo. Era só você ter ouvido os sonhos do outro, ter tentado realizar mais momentos juntos no seu relacionamento. Ter sido menos você e mais nós dois. Um relacionamento se constrói por duas pessoas, é preciso abrir mão do eu e pensar à dois, é preciso ouvir o outro e chegar ao consenso. É preciso se amar e se dar para o outro.É preciso não ter vaidade, é preciso deixar de lado a arrogância.
Só assim se chega ao outro.
Caso não seja possível tal entrada, o outro acabará por se fechar.
Às vezes estamos tão feridos por dentro que queremos apenas um abraço, um carinho, ficar ali. Às vezes queremos apenas um eu te amo e não queremos apenas sexo.

Devemos nos amar e amar o outro para não se contentar apenas com migalhas.
Você pode mais na sua vida e na do outro.
Você é mais bonito que isso.
Amar o outro é amar os beijos, os abraços, o carinho, o toque no rosto, é olhar nos olhos, é ver o brilho no olhar.
Ser inteiro é não viver de mentiras, é realizar as verdades do seu coração.
Mas se você deixou de amar o outro ou não amou o suficiente para entrar de cabeça na relação, pode ser que o relacionamento não seja tão importante para você, que pode ser deixado ao segundo plano, o outro terá que entender e aceitar.
Mas nunca podemos aceitar menos.
Viver na mediocridade é viver aceitando menos do outro e oferecendo menos à si.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AMIZADE GERA SAÚDE

Em tantas andanças e após tantos caminhos, entre trocas emails e telefonemas, retorno aos amigos.
Amigos que são de longa data, amigos de cursos, amigos de alma, amigos recentes, mas sempre estou recebendo novos amigos.
Fiquei meio deslumbrada com a constatação da minha psicóloga, que citou que o melhor setor da minha vida, o mais prazeroso, o mais sem grilhos ou traumas, eram dos amigos.
Realmente, os amigos vão bem, muito bem, obrigado.
Por incrível que pareça, tais amigos me elevam a alma.
Amigos que são minha mãe, amigos que são minha irmã, amigos tais como minhas amigas e meus amigos.
Meus e minhas são pronomes possessivos bem fortes. Sei que os encontrei pelo mundo, mas sei que se ainda os encontro, é porquê dentro deles e de mim ainda somos uns dos outros.
Ñão há aquela figura inescrupulosa do ex-amigo, não. Ficamos vários dias, meses e até anos, sem vê-los, mas em uma simples ligação, um email ou um abraço, é como se fosse ontem, apenas uma noite foi passada.
Hoje não me importo mais se a porta está fechada ou aberta. O que mais me importo é se meu coração ainda está aberto para os amigos. Quero sempre ouvir o som das risadas, as reclamações e os conselhos.
Conselhos que nem sempre seguimos, mas que são um cobertor para um coração ferido.
Hoje agradeço por Deus ter me dado mais uma noite, uma noite com meus amigos.
Agradeço aos amigos pelas pizzas, pelos almoços, pelos cafés, pelos telefonemas, pelos carinhos, pelas palavras, pelos olhares e até pelas lágrimas.
Peço apenas perdão, por estar às vezes ausente, pois a escrita também é minha amiga, e nas noites e nas madrugadas, é com ela que me ausento, em um assento, perdida, encontrada, certa ou errada, mas é com ela que me abro.
Por isso, deixo aqui mais um momento de amizade, para quem quiser refletir no sabor de um instante, sobre minha companheira constante, que não se faz de papel, mas é onde centro meu mel, meu céu, meu fel.
Amo VOCÊS AMIGOS.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

É O FIM, MAS PARECE O COMEÇO...

Com um falecimento é o fim...mas parece que sempre estamos buscando o começo.. Quando alguém morre...choramos...ficamos revoltados...tristes...sentimos um vazio... e começamos a juntar todos os bons momentos, aquele amor que transbordava, os abraços, o carinho no olhar, os conselhos, os Natais, os aniversários, ou seja, ficamos nos agarrando ao tudo...Tudo que era bom. Também pensamos em tudo que era ruim, mas escondemos em baixo de um tapete.
É assim também no relacionamento à dois...quando vemos que esta acabando ou já acabou, começamos a juntar todos os cacos, os dias felizes, um começo apaixonante, um dia que a lua estava linda, ou seja, ficamos nos agarrando ao tudo...Tudo que era bom.
Mas será que era sempre bom? Por que nunca valorizamos as pessoas quando elas estão nos amando e estão se dedicando à nós? Por que nunca valorizamos a entrega, a dedicação, o esforço, os conselhos destas pessoas que nos amam?
Por que não tentamos mudar quando a pessoa grita de desespero, por que? Por que preferimos competir com o outro e sair tendo sempre razão, por que?
Por que sempre esperamos o pior para voltar ao COMEÇO? Por que É O FIM.
Apenas no fim de uma guerra, é que contamos o espólio. É apenas no fim é que vemos se valeu a pena um belo começo.
É apenas no fim que voltamos ao começo, aquele começo que foi bom para poder sustentar tanto tempo.
Mas tudo acaba na Terra. Tudo é ilusão. As pessoas são efêmeras, o amor acaba, a beleza do ser humano apodrece, somos uma ilusão que criamos para tentarmos ser felizes.
Por isso, quando o FIM chega, paramos, respiramos e vemos, se as lágrimas que caem são de culpa, de remorso, de alívio, de descanso, de alegria, de amor, de ódio ou até de desamor, daquele amor que não foi bem vivido.
Aquele amor que deveria ser cuidado com carinho e foi chutado.
Aquele contato que deveria ser mais bem aproveitado.
Por que no fim, quando tudo acaba, é só o que fazia sentido.
Só levamos no peito o suspiro daquele amor que não soubemos viver ou levamos aquela saudade gostosa de quem amamos muito.
Dessa forma, concluo que tudo tem um prazo de validade, que a morte em vida ou em morte, põe um fim as dores de quem partiu, de quem desistiu de tentar viver aquela vida, de quem partiu para outra.
Só que tais escolhas apenas serão vividas por aquele que partiu, por isso...no mínimo de dignidade que nos resta, devemos respeitar as escolhas e saber que quem partiu foi dessa para uma melhor.
Por isso, temos que curtir as pessoas, os amigos, os amores, os filhos, as mães, os pais, o trabalho, o dia lindo, o dia chuvoso, ou seja, curta enquanto ainda há tempo.
"Respeitar o fim, rever o começo, entender porquê se errou, mas o fim não tem recomeço."
Elaine Ribeiro

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aprendendo o Caminho

Sempre buscamos verdades absolutas. Sempre buscamos fórmulas para reduzir nossa busca.
Serão as fórmulas de conhecidos ou desconhecidos, de amigos ou parentes o nosso verdadeiro Caminho?

Creio que não.

Os Caminhos são únicos, os momentos que você passou, os sonhos que construiu, os amores que viveu, as lágrimas que deixou cair, os sorrisos nas noites de madrugada, as músicas que ouviu e os livros que leu, te fazem ÚNICO.

Os caminhos dos outros são apenas uma seta, uma indicação, um norte, por isso não podemos levar ao pé da letra tais informações.

Devemos nos perguntar sobre o que nos faz felizes.
Devemos nos questionar sobre o que dá certo e não dá certo em nossa vida.

Escrever nosso Caminho.
Escrever nossa História.

História que só se vive, vivendo.

Sucesso, vamos em frente.
Vivendo, caindo, levantando, sonhando, chorando, vencendo, perdendo, criando, destruindo, sofrendo, sendo feliz, mas vivendo.

Aprendendo o Caminho, aprendendo com o caminho.

Elaine Ribeiro.